Código de Ética e a Cultura de Governança
- Fábio da Costa Azevedo
- há 2 dias
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Muito além de um documento do Programa de Integridade, o código de ética é um reflexo da identidade e dos valores de uma organização. Em nossa experiência profissional, quando somos convidados para elaborar ou revisar um código, aproveitamos a oportunidade para mergulhar na cultura de governança da instituição. Entendendo que esse é um momento valioso, discutimos com a liderança não apenas como a organização declara seus princípios e valores, mas como eles se traduzem – ou não – na prática diária.
Um código bem construído não se limita a listar valores, normas e comportamentos; ele orienta decisões, reforça comportamentos e serve como referência para enfrentar dilemas éticos. Mas para que funcione, precisa estar conectado à realidade da empresa, à sua estratégia e à sua liderança.
Acima de obrigação regulatória ou formalidade do compliance, interessante transformar esse documento em um entregável ainda maior: um verdadeiro processo de fortalecimento da cultura de integridade, que promova a cultura ética e íntegra no centro de todas as atividades, que seja sustentável e alinhada com o propósito e os valores da organização.
Isso significa envolver a alta gestão, pois sabemos que o tom vem de cima e o papel da liderança é crucial: sua voz e exemplos são fundamentais para criar mecanismos claros e acessíveis para que todos, em todos os níveis, compreendam e vivam esses valores. Importa dizer, para disseminar a cultura de governança dentro das organizações.
Quando bem trabalhado, o código de ética se torna um importante pilar de governança corporativa — ajudando a proteger a reputação, reduzir riscos e gerar confiança junto a colaboradores, clientes, fornecedores, e demais partes interessadas.
Afinal, o verdadeiro valor de um código de ética está naquilo que ele inspira. Seu principal objetivo não é apenas orientar ou prevenir possíveis violações, mas fomentar e manter uma cultura ética e íntegra no ambiente organizacional.
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